“PICKY EATERS” Você sabe o que é isso?
“Picky Eaters” é uma expressão em inglês quer dizer "comedores seletivos" ou, ao pé da letra, “comedores exigentes”.
São crianças que têm um comportamento alimentar variado, podendo rejeitar determinados grupos de alimentos como verduras e legumes, pular refeições, ou simplesmente, comer muito pouco. Na maioria das vezes, esse comportamento aparece em crianças de um a cinco anos, que começam a apresentar menor interesse pela comida e frequentes oscilações na preferência e aceitação dos alimentos.
Sabe aquela “mania” que eles têm em não querer comer e choram, cospem e, em alguns casos, começam a ter ânsia quando algum alimento novo é introduzido e acabam comendo sempre a mesma coisa (nada saudável na maioria das vezes), por desespero e/ou preguiça dos pais? Essas crianças acabam se alimentando mal. E isso acaba tendo consequências por toda a vida, como a carência de vitaminas e minerais, o que pode acarretar problemas como anemia, retardo no desenvolvimento do peso e altura, dificuldades de cicatrização e fraturas, queda no desenvolvimento cognitivo e a na defesa do organismo contra doenças infecciosas. Além do risco de apresentar sobrepeso ou obesidade.
ESTATÍSTICAS
Pesquisas mostram que entre 20% e 50% dos pais dizem que seus filhos de 2 a 5 anos são “comedores seletivos”. A maioria acabará superando isso, mas o que pode ser feito nesse meio tempo?
Estabeleça horários para as refeições. Discipline onde, quando e o que deve comer;
Evite manobras de distração, como ligar a televisão ou tablet para a criança comer;
A criança decide a quantidade. Se estiver satisfeita, não force;
Mesmo que tenha comido pouco demais e queira sair da mesa, deixe. Não faça daquilo um castigo;
Não substitua a refeição. Se 15 minutos depois de largar todo o almoço no prato ela pede comida e ganha, a criança aprende que não precisa comer o que não quer, pois ganhará outra coisa depois. Não dê: espere a próxima refeição;
Não se preocupe: nenhuma criança vai morrer de fome se perder as refeições durante uma reeducação alimentar de poucos dias. Enquanto ela não se adapta, o médico pode indicar suplementos alimentares;
Transforme a refeição: se ela gosta de suflê de queijo, por exemplo, bata verduras no liquidificador para colocar na massa ou use alimentos para decorar a comida com carinhas, por exemplo;
Ofereça os mesmos alimentos, porém com diferentes apresentações e texturas (cozido, frito, assado, etc);
Conforme a criança se adaptar ao sabor, vá introduzindo os alimentos aos poucos à rotina dela;
Deixe o mecanismo de apetite ocorrer. Se for uma criança saudável, ela vai comer quando estiver com fome, mesmo aquilo que ela não gosta;
Não ceda às vontades do seu filho. Se fizer isso, ele não vai se habituar nunca.
Se você está preocupado com a dieta de seu filho, converse com um médico pediatra que pode ajudar a solucionar os problemas e garantir que seu filho esteja recebendo todos os nutrientes necessários para crescer e se desenvolver. Também tenha em mente que essa seletividade alimentar geralmente é um estágio normal do desenvolvimento das crianças. Faça o seu melhor para orientá-los e conduzi-los em uma alimentação saudável.
Esta informação é apenas para fins educacionais e não substitui consulta médica.