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Foto do escritorMarineide Pina-Zallio

TDAH e TEA Saiba Como Lidar com Estes Distúrbios


O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, conhecido como TDAH, e o transtornos do espectro autista, ou TEA, são os distúrbios do neurodesenvolvimento mais comuns diagnosticados na infância.


Sintomas mais comuns do TDAH e TEA


Os sintomas mais comuns do TDAH em crianças e adolescentes são: agitação, movimentação pelo ambiente, mexem mãos e pés com frequencia, tocam em vários objetos, não conseguem ficar quietas (sentadas numa cadeira, por exemplo), falam demasiadamente, têm dificuldade de permanecer atentos em atividades prolongadas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes, são facilmente distraídas por estímulos do ambiente ou se distraem com seus próprios pensamentos.


Já os sinais e sintomas do transtorno do espectro autista TEA, são muito variados e nem sempre são fáceis de serem percebidos, pois estão relacionados principalmente à dificuldade de comunicação e socialização. No entanto, também são acompanhados de comportamentos e interesses incomuns, como o interesse excessivo por determinados assuntos ou objetos, dificuldade de adaptação a mudanças na rotina ou movimentos anormais com o corpo.


Ao contrário do TEA, a pessoa com TDAH não tem foco


A inadequação social e a consequente rejeição sofrida pela pessoa hiperativa é, na essência, bem diferente da falta de interesse em envolvimento social e pistas de comunicação das pessoas no espectro autista. E a melhor maneira de diferenciar as condições é olhar para os elementos principais do TDAH: atenção e hiperatividade. O indivíduo com TDAH tem dificuldade de manter a atenção em diversas ocasiões, inclusive em aulas e conversas, por causa da falta de foco. Por outro lado, o obstáculo no TEA está em não saber como interagir. Outros sintomas de TDAH, especificamente relacionados à atenção, são:


  • Não prestar atenção em detalhes ou cometer erros por descuido;

  • Não seguir instruções até o fim e não conseguir terminar tarefas;

  • Dificuldade para organizar atividades e cumprir prazos;

  • Perder coisas necessárias para tarefas;

  • Ser facilmente distraído por estímulos externos.




Sobre o tratamento


O primeiro passo para ajudar as crianças a receber o tratamento adequado é obter um diagnóstico correto. Pode ser necessário procurar um especialista em transtorno de comportamento infantil.


Gerenciar os sintomas do TDAH pode ajudar as crianças a controlar os sintomas do TEA. As técnicas comportamentais ajudam a diminuir os sintomas e é por isso que obter o diagnóstico e o tratamento adequados é tão vital. A terapia comportamental é um possível tratamento para o TDAH e é recomendada como primeira linha de tratamento para crianças menores de 6 anos. Para as maiores de 6 anos, a terapia comportamental pode vir com o uso de medicamentos.


O TDAH e TEA podem compartilhar características semelhantes, e chegar a um diagnóstico pode ser demorado e complicado. Porém, uma pesquisa recente, publicada no periódico Frontiers in Neuroscience, mostrou que gravações da retina podem identificar sinais diferentes para o TDAH e o TEA, fornecendo um biomarcador potencial para cada condição. No estudo, ao explorar como os sinais de como a retina reage aos estímulos de luz, espera-se desenvolver diagnósticos mais precisos e precoces para diferentes condições de desenvolvimento neurológico.


TDAH e TEA são condições para a vida toda que podem ser gerenciadas com tratamentos adequados para cada caso. Muitas vezes será preciso experimentar vários tratamentos, e até mesmo incluir novos conforme a criança cresce e os sintomas evoluem.

O médico pode precisar tentar vários tratamentos antes de encontrar um que gerencie os sintomas, ou pode haver vários métodos de tratamento usados simultaneamente. Cientistas continuam pesquisando a conexão entre essas duas condições, o que pode revelar mais informações sobre as causas e mais opções de tratamento. Um diagnóstico correto é essencial para receber um tratamento eficaz.




Referências:


SEGENREICH, Daniel. Paulo Mattos. Atualização sobre comorbidade entre transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtornos invasivos do desenvolvimento (TID).


HAMAD, Ana Paula Andrade. Autismo e TDAH


Frontiers in Neuroscience via IFL Science

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