Saiba Tudo Sobre a Infecção Sexualmente Transmissível Mais Comum no Reino Unido
A bactéria Chlamydia Trachomatis é a responsável por essa doença que afeta indivíduos sexualmente ativos, principalmente quando estes não fazem uso de preservativos (camisinha). Se não for tratada, a clamídia pode levar a infertilidade tanto em homens quanto em mulheres.
Quais são as formas de transmissão da clamídia?
A contaminação se dá através de relações sexuais vaginais, anais ou orais desprotegidas. Não há necessidade de haver penetração, ejaculação ou orgasmo, muitas vezes apenas o contato entre as áreas genitais já é o suficiente para que haja a contaminação. O compartilhamento de brinquedos sexuais não higienizados, também pode promover a infecção. A clamídia também pode se transmitida da mulher grávida para o seu bebê. No entanto, a clamídia não é transmitida através do beijo, abraço, toalhas, piscinas ou banho de banheira, nem pelo compartilhamento de sanitários.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns da infecção por clamídia?
Muitas vezes os infectados não apresentam sintoma algum, o que faz com que esta doença seja espalhada mais facilmente. Por isso, é indicado que qualquer pessoa com vida sexual ativa, (principalmente aqueles que não fazem o uso de preservativos), realize o teste para clamídia pelo menos uma vez ao ano.
Quando ocorrem sintomas, esses podem demorar até quinze dias após o contágio para se manifestarem. Os mais comuns são dor forte na região genital e no pé da barriga; ardência ao urinar; vontade mais frequente de ir ao banheiro para urinar; dor durante as relações sexuais; dor nos testículos (nos homens); eliminação de pus e de secreção por meio da uretra (nos homens); corrimento amarelado ou claro (em mulheres); e sangramentos espontâneos fora do período menstrual ou que acontecem durante as relações sexuais (em mulheres).
A clamídia é uma doença grave?
Apesar de muitas vezes não provocar sintomas e, normalmente, poder ser tratada com antibiótico por curto período, se a terapêutica não for instituída precocemente, a infecção por clamídia pode se tornar uma dor de cabeça. Em mulheres não tratadas, ela pode levar a doença inflamatória pélvica podendo culminar com infertilidade e maior chance de gravidez ectópica. Nos homens, em casos mais raros, a clamídia pode atingir os testículos e o epidídimo (órgão que fica atrás dos testículos, onde ocorre a maturação dos espermatozóides). Quando isso acontece esses órgãos se tornam inchados e dolorosos, essa é uma condição conhecida como epididimite ou epididimo-orquite (inflamação dos testículos).
Tanto em homens como em mulheres, pode acontecer a chamada artrite reativa, quando ocorre inflamação articular em uma ou mais articulações do corpo. Outra grande preocupação é o risco de transmissão da mãe para o bebê, durante o parto normal de mães infectadas. Nesses casos, cerca de um terço dos recém-nascidos irá desenvolver infecção ocular (conjuntivite) e/ou pulmonar (pneumonia), dentro dos primeiros quinze dias de vida. A infecção pode provocar ainda parto precoce e até mesmo morte neonatal.
Como é feito o diagnóstico da clamídia?
A testagem para clamídia se faz através do exame de urina ou swab, que é um tipo de cotonete utilizado para colher secreção genital. O NHS oferece o teste nas sexual health clinics, nas genitourinary medicine clinics e nas GPs Surgeries. Esse teste também está disponível em clinicas privadas como a Messina Clinic. O teste também pode ser solicitado on-line e pode ser colhido pelo próprio paciente.
E o tratamento?
O tratamento é feito com antibióticos que serão prescritos pelo médico e cuja duração varia de acordo com o caso e com o antibiótico prescrito. È importante tratar o parceiro sexual também, e repetir o exame três meses após o tratamento, pois muitas vezes pode haver reinfecção.
Qualquer pessoa com vida sexualmente ativa pode “pegar” clamídia, mas com certeza o risco é muito maior para aqueles que não usam camisinha. Por isso, não deixem de usar camisinha! Ela pode te proteger não apenas da clamídia, mas de muitas outras doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, gonorréia, HIV dentre outras.
Proteja a sua saúde e a saúde daqueles que você ama!
BIBLIOGRAFIA
https://www.nhs.uk/conditions/chlamydia/
https://www.cdc.gov/std/chlamydia/stdfact-chlamydia.htm
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2021/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-profilaxia-pos-exposicao-pep-de-risco
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